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Reggaemo?

Julies Mazarini e Renne Fernandes apresentam o primeiro “reggaemo” do Brasil
A parceria é fruto da amizade de 15 anos entre Julies e Renne, vocalista da Hevo84.

Inovação e emoção definem a parceria entre Julies e Renne, que juntos trouxeram ao mundo o reggaemo, uma mistura inédita do reggae com o emo. Para entender mais sobre esse gênero único e o single “Olha Pra Mim”, batemos um papo com Julies, que contou tudo sobre o processo criativo, as inspirações e os bastidores dessa nova fase na música brasileira.

Confira a entrevista completa:

Como surgiu a ideia de unir elementos do reggae e do emo para criar “Olha Pra Mim”?

Eu e o Renne já somos amigos há alguns anos, ficamos um tempo um pouco mais afastado, mas tivemos um encontro massa recentemente nos últimos anos, e a gente, durante todo esse tempo a gente nunca chegou de fato a compor uma música junto, a gente já tinha uma parceria com a minha antiga banda, que era a Above, a gente já havia cantado juntos na Nascendo Herói, uma música da banda, mas era uma música que eu tinha levado já composto, então eu sempre falei pra ele que eu queria fazer um feat com a Hevo, né? E aí acabou rolando, falei, pô, se a gente for fazer um somzão com a Hevo, eu quero achar aquela mistura perfeita do reggae com o emo, aquela batida gostosa que te envolve, foi aquele negócio que te toca na alma que o emo traz, né? Essa emoção exacerbada, assim, então eu até brinquei, falei, mano, a gente tem que fazer. O Reggaemo, aquela mistura perfeita e acho que a gente conseguiu executar muito bem.


Quais influências vocês trouxeram de cada estilo para a produção da música?

As influências desse som, na verdade, a gente tentou trazer um pouco de cada um, tanto na questão de letra, melodia, quanto na parte sonora em si. Por exemplo, se você parar para ouvir as músicas da Hevo, tem… “Eu mudei por você” “hoje vai ser”… E essa também tem a mesma onda. “Eu quero ser teu travesseiro, teu cobertor.” Tá ligado? Uma parada que já tem uma similaridade, sabe? E a gente tentou deixar as guitarras mais características, né? Porque isso marca muito o emo, trazer um peso, trazer um pouco de drive, dar essa emoção, tocar no coração, pegar um pouco de hard rock. E tentei trazer beats que eu já tenho usado no meu som recentemente, que eu já vim trazendo nesse EP uma pala diferente que saiu de uma forma total. Contei planos dos meus principais sucessos recentes, que tive produção de Zain, que fez a Nittels, que tá fazendo esse álbum do MC Lan, que tem vocalista do The Bring Me The Horizon, baixista do SOAD, Zain. Então, a gente conseguiu estar no meio muito legal pra trazer essa mistura musical.


Existe a possibilidade de um álbum ou EP com mais músicas nesse estilo?

Sobre a possibilidade de mais músicas nessa pegada, sim, tem um feat muito maneiro aí pro começo do ano que vem, bem legal aí, que acho que com certeza é uma das vozes mais marcantes dos últimos anos, só de botar essa pessoa falando já, já sabe quem que é, então também que também mesclou muito com esse gênero, não vou dar spoiler ainda, mas ele surfava bem nessas duas ondas de reggae e rock, então já vem com essa pegada um pouco mais reggaemo, vamos dizer assim, também tem guitarras com bandes pesados, chindres, drives, particularmente ela é muito mais pesada do que olha pra mim, a música mais rock and roll mesmo assim, bota a muita do reggae, e não vou brincar, a gente vai brincar sim.


Julies: Como você vê sua evolução musical desde o início da sua carreira até essa colaboração?

E sobre a minha evolução musical desde o início da minha carreira, fica um pouco subjetivo. De qual carreira? Da carreira como músico ou da carreira como Julies reggae? Porque eu tive a Above lá atrás, participei de algumas bandas e tal, mas assim, se for contemplar, desde a minha banda da emo, Above até hoje, cara, é uma evolução musical gigantesca, assim, na forma de cantar, na forma de compor, estrutura musical. Realmente, um outro artista. E acho que também surgiu, seguido de uma maneira natural, né? Por exemplo, naquela época eu só ouvia mais rock, não era aberto, onde não me abria pra vir outros estilos, assim, sabe? E aí, como eu fui ficando mais velho, comecei a me abrir, ouço de tudo. De tudo mesmo, assim, pra tentar entender qual que é a onda no mercado. Tendências, influências que a gente pode trazer. Eu vejo de uma maneira assim, a evolução é gigante, é outro artista, o artista da Above, em relação ao Julies de hoje, era um artista totalmente em formação, cru, sabe? E não que a minha posição hoje me gabarite como um grande músico, como um grande letrista ou alguma coisa assim, não. Eu também nem me considero, eu tô buscando evoluir cada vez mais, mas em relação àquela pessoa de 2008 até 2014, é realmente uma outra pessoa. Graças a Deus, né? A vida é assim, de evolução. Se você não tá evoluindo, você tá fazendo alguma coisa errada.

Curtiu conhecer mais sobre o reggaemo?
Agora é hora de conferir tudo isso na prática!
Assista ao clipe de “Olha Pra Mim” e mergulhe na mistura única de reggae e emo que Julies e Renne Fernandes criaram.

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